27 junho 2007

Evitando guerras de água na Ásia

Brahma Chellaney
Em Nova Déli

A competição que se acirra na Ásia por fontes de energia obscureceu outro perigo: a falta de água em grande parte da Ásia está se tornando uma ameaça à rápida modernização econômica.
A água surgiu como questão chave que pode determinar se a Ásia se dirige para a cooperação ou para a competição. Nenhum país influenciaria essa direção mais do que a China, que controla o platô tibetano, fonte da maior parte dos principais rios da Ásia. As vastas geleiras do Tibet e alta altitude dotaram-no com os maiores sistemas de rios do mundo. Seus rios são fonte de vida para os dois países mais populosos do mundo - China e Índia - assim como Bangladesh, Mianmar, Butão, Nepal, Camboja, Paquistão, Laos, Tailândia e Vietnã. Esses países englobam 47% da população mundial.
Ainda assim, a Ásia é um continente deficiente de água. Apesar de abrigar mais da metade da população humana, a Ásia tem menos água doce - 3.920 metros cúbicos por pessoa - do que qualquer continente, com exceção da Antártica.
A disputa por recursos hídricos na Ásia foi reforçada pela disseminação da agricultura irrigada, indústrias intensivas no uso de água e pelo crescimento da classe média, que quer confortos que consomem água, como máquinas de lavar roupa e louça.
O consumo doméstico na Ásia está crescendo rapidamente, apesar de várias economias importantes sofrerem com grave falta de água.
O espectro de guerras por água na Ásia também está sendo ressaltado pela mudança climática e pela degradação ambiental na forma do encolhimento de florestas e pântanos, o que promove ciclos crônicos de alagamentos e secas. O derretimento da neve do Himalaia, que alimenta os grandes rios da Ásia, pode ser acelerado pelo aquecimento global.
Enquanto a briga no compartilhamento de água dentro das nações se tornou mais comum em vários países asiáticos, desde a Índia e Paquistão ao Sudeste asiático e a China - é o potencial conflito entre as nações por recursos hídricos que deve gerar maior preocupação.
Essas preocupações nascem das tentativas chinesas de represar ou redirecionar o fluxo para o Sul de rios do platô tibetano, ponto de início do Indus, Mekong, Yangtze, Yellow, Salween, Brahamaputra, Karnali e Sutlej. Entre os grandes rios da Ásia, apenas o Ganges começa do lado indiano dos Himalaias.
A disponibilidade desigual de água dentro de algumas nações gerou idéias grandiosas - desde ligar rios na Índia até desviar o Brahmaputra para o Norte, para alimentar as áreas áridas do interior da China. O conflito entre os países, entretanto, surgirá quando uma idéia for traduzida em ação para beneficiar um país às custas de um vizinho.
Com a intensificação da falta de água no Norte devido à agricultura intensiva, a China cada vez mais volta sua atenção para as abundantes reservas do platô tibetano. Ela represou rios, não só para produzir energia elétrica, mas também para canalizar as águas para irrigação e outros propósitos e atualmente está estudando projetos imensos de transferência de água entre bacias e rios.
Depois de concluir duas represas, a China está construindo ao menos três mais no Mekong, gerando reações apaixonadas no Vietnã, Laos, Camboja e Tailândia. Vários projetos chineses no centro-oeste tibetano têm efeitos no fluxo de água dos rios para a Índia, mas Pequim reluta em compartilhar informações.
Tendo contaminado extensivamente seus principais rios pela industrialização desenfreada, a China agora ameaça a viabilidade ecológica dos sistemas hídricos ligados ao Sul e ao Sudeste asiático em seu esforço para suprir sua sede por água e energia. O Grande Projeto de Transferência de Água Sul-Norte, que desviaria águas de rios tibetanos, tem o apoio do presidente Hu Jintao, especialista em hidrologia. A primeira fase desse projeto pede a construção de 300 km de túneis e canais para tirar água dos rios Jinsha, Yalong e Dadu, no limite oriental do platô tibetano.
Na segunda fase, as águas do Brahmaputra poderiam ser desviadas para o Norte, o que seria uma declaração de guerra pela água para a Índia e Bangladesh a jusante. De fato, Pequim identificou a curva onde o Brahmaputra forma o mais longo e profundo cânion do mundo antes de entrar na Índia como detendo as reservas maiores não utilizadas para suprir suas necessidades de água e energia.
O futuro das reservas de água do platô tibetano está ligado à conservação ecológica. Enquanto a fome da China por commodities primárias cresceu, assim também a exploração dos recursos do Tibet.
E enquanto a falta de água intensifica-se em várias importantes cidades da China, um grupo de ex-autoridades defende o redirecionamento das águas do Brahamaputra para o Norte, em um livro chamado "Tibet's Waters Will Save China" (As águas do Tibet salvarão a China).
Grandes projetos de hidrologia e a exploração irresponsável de recursos minerais já ameaçam os frágeis ecossistemas tibetanos, com operações de mineração começando a contaminar as fontes de água.
Enquanto a China parece decidida a perseguir agressivamente projetos de exploração de rios que cruzam nações, a prevenção de guerras por água exige uma estrutura de cooperação entre nações asiáticas que trabalhe pela propriedade comum dos recursos.
ahma Chellaney, professor de estudos estratégicos do Centro de Pesquisa privado de Política em Nova Deli, é autor de "Asian Juggernaut: The Rise of China, India and Japan" (O super-poder asiático: o crescimento da China, Índia e Japão).

Tradução: Deborah Weinberg


Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/herald/2007/06/27/ult2680u525.jhtm (consultado em 27/06/2007).

21 junho 2007

ÁGUA IMPRÓPRIA MATA QUATRO CRIANÇAS POR MINUTO, DIZ UNICEF

Falta de acesso à água potável afeta diariamente a vida das famílias brasileiras


SÃO PAULO - A falta de acesso à água potável afeta diariamente a vida das famílias brasileiras. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de 2002, do IBGE, cerca de 22,6 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável.

"Doenças transmitidas pela água contaminada matam uma criança a cada 15 segundos (no mundo), e estão relacionadas a outras doenças e à maioria dos casos de desnutrição no planeta", disse Ann Veneman, diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
De acordo com relatório do UNICEF Situação Mundial da Infância, de 2005, o local de residência, a renda familiar e a raça ou a etnia podem influenciar no acesso das famílias brasileiras à água potável e ao saneamento, o que propicia ou não o aparecimento de doenças.

Meninos e meninas que vivem no Piauí, por exemplo, têm 48,2 vezes mais risco de não ter acesso à água potável do que crianças que vivem em São Paulo. Crianças negras e indígenas têm três vezes menos chance de acesso à água potável do que as brancas.

As iniqüidades entre pobres e ricos também influencia. Segundo o estudo, quase 35% da população mais pobre não tem acesso à água potável, enquanto isso acontece em apenas 0,5% dos domicílios da população mais rica.

VOCÊ SABIA?

  • Até os 2 anos, 75% a 80% de nosso corpo é formado por água; aos 5 anos, está porcentagem cai para 70% até que, depois dos 60 anos, temos apenas 58% de água no organismo.
  • 20% da população mundial não têm acesso à água potável. Segundo a ONU, se nada for feito, 2,7 bilhões de pessoas (1/3 da população do planeta) sofrerão sede, em 2025.
  • Nosso corpo demora 30 minutos para absorver um copo de água.
  • Desde que tome água, o ser humano adulto pode ficar 40 dias sem me alimentar.
  • O ser humano adulto pode ficar 3 dias sem beber água.
  • No Brasil, 47% da água disponível é usada na agricultura, 30% nas cidades e 23% nas indústrias.
  • Cerca de 90% da eletricidade brasileira é gerada pela força das águas.
  • 80% das doenças diagnosticadas no país e 65%das internações em hospitais são causadas por doenças que podem ser evitadas quando a água é tratada. 1 real investido em saneamento poupa 5 reais em tratamentos de doenças.
  • A Sabesp utiliza por mês, 780 milhões de litros de água de reuso na limpeza de equipamentos e manutenção de suas áreas. Além disso, fornece água de reuso para diversas empresas e Prefeituras Municipais.
  • Se toda a água do planeta fosse dividida entre seus habitantes, cada um teria 8 piscinas olímpicas cheias, mas se dividíssemos somente água potável cada um receberia apenas 5 litros.
  • Segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil, morrem atualmente 29 pessoas/dia por doenças decorrentes da qualidade da água e do não tratamento de esgotos e estima-se que cerca de 70% dos leitos dos hospitais estão ocupados por pessoas que contraíram doenças transmitidas pela água.
  • Os paulistas podem poupar, por dia, 1,3 bilhão de litros de água ( o que daria para abastecer duas cidades como Curitiba).
  • A água que abastece a Grande SP vem de 8 mananciais, chamados “Sistemas” e localizados nos seguintes pontos da região: Cantareira, Baixo Cotia, Alto Cotia, Guarapiranga, Rio Grande, Ribeirão da estiva, Rio Claro e Alto Tietê.
  • Segundo a Secretaria de Recursos Hídricos e Obras do Estado de São Paulo, a disponibilidade hídrica para a bacia do Alto Tietê, onde se inclui a Região Metropolitana de São Paulo, é de 201 m3/ habitante/ ano. Este valor corresponde a 1/10 do valor indicado pela Organização das Nações Unidas, 2000 m3/ habitante/ ano, para todos os usos diretos e indiretos.

19 junho 2007

Vamos economizar água?

  • Ao escovar os dentes com a torneira aberta durante 5 minutos, você gasta 80 litros. Mas mantendo a torneira fechada, a economia é de 79 litros.
  • Um banho de 15 minutos em chuveiro elétrico consome 144 litros de água. Se o chuveiro ficar fechado enquanto no ensaboamos e o tempo de banho for reduzido para 5 minutos, gasta-se 48 litros. Se 5 mil famílias adotarem esta prática, é possível economizar o equivalente a água que cai durante 5 minutos nas Cataratas do Iguaçu.
  • Para regar o jardim com torneira aberta por 10 minutos, gasta-se 186 litros de água. Se for regado somente o necessário pela manhã ou pela noite, com esguicho revólver adaptado na mangueira, a economia é de 96 litros.
  • Lavar o carro com torneira aberta durante 30 minutos consome 216 litros de água. Utilizar um balde para molhar, ensaboar e enxaguar o automóvel economiza 176 litros.
  • Ao lavar a louça com a torneira aberta durante 15 minutos, consumimos 243 litros de água. Se a torneira for fechada durante o ensaboamento, gastaremos apenas 46. Caso 5 famílias adotem esta postura por 20 anos, a água economizada mataria a sede de 9 milhões de pessoas em um dia.
  • Uma máquina de lavar roupas com capacidade para 5 quilos gasta 135 litros de água. Para economizar, deve-se ligá-la apenas quando ela estiver com a capacidade total preenchida.
  • Apertando a descarga por 6 segundos, você gasta 10 litros de água. Quando a válvula está defeituosa, pode chegar a gastar até 30 litros.
  • Uma torneira gotejando gasta até 46 litros por dia, ou seja, 1.380 litros por mês. Um fio de água com cerca de 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. Um fio de 4 milímetros gasta 13.260 litros por mês. Assim, verifique se as torneiras de sua casa estão fechando bem para evitar o desperdício.
  • Lavar a calçada durante 15 minutos exige 280 litros de água.

18 junho 2007

CONSUMO x FAMÍLIA

Sabe-se que o consumo de uma família na cidade é seis vezes maior que de outra família no campo, porém, o consumo de água na agricultura é responsável por 70% do total mundial. Nos EUA, uma família de classe média chega a gastar 2 mil litros de água por dia. Na África, esse consumo é de apenas 150 lts.

No banheiro:
O banheiro é o responsável por 78% do consumo na residência: uma torneira aberta gasta de 12 litros a 20 litros de água por minuto.

Uma bacia sanitária com válvula com o tempo de acionamento de 6 segundos gasta 10 litros de água. Quando a válvula está defeituosa, pode chegar a gastar até 30 litros.

No banho:
Um banho de ducha de 15 minutos exige 135 litros de água (casa) / 243 litros (apartamento). Reduzindo para 10 minutos, o consumo cai para 79 litros. Se fechar o registro enquanto se ensaboa, diminuindo o tempo do banho para 5 minutos, o consumo cai para 45 litros (casa)/81 litros (apartamento).

No caso de banho com chuveiro elétrico, também em 15 minutos com o registro meio aberto, são gastos 45 litros na residência e 144 litros para quem mora em apartamento. Se fechar o registro enquanto se ensaboa, diminuindo o tempo do banho para 5 minutos, o consumo cai para 15 e 48 litros respectivamente.

Barba / Rosto
Ao fazer a barba em 5 minutos, com a torneira meio aberta, pode-se chegar a gastar até 12 litros de água (casa)/80 litros (apartamento). Colocando um tampão na pia e fazendo do lavatório um tanquinho, o gasto de água para fazer a barba cai para 2 litros.

Ao lavar o rosto em um minuto, com a torneira meio aberta, uma pessoa gasta 2,5 litros de água.

Ao escovar os dentes
Se uma pessoa escova os dentes em cinco minutos com a torneira não muito aberta, gasta 12 litros de água. Este volume pode chegar a 80 litros para os moradores de apartamento.
No entanto, se molhar a escova e fechar a torneira enquanto ensaboa os dentes e, ainda, enxaguar a boca com um copo de água consegue economizar mais de 11,5 litros de água em casa e 79 litros no apartamento.

Cozinha
A cada copo de água que você toma, são necessários pelo menos outros 2 copos de água para lavá-lo.

Um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água o equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos.

Lavar a louça
Lavando-se a louça com a torneira da pia meio aberta durante 15 minutos, gastam-se 117 litros de água (casa)/243 litros (apartamento).
Medidas práticas para gastar somente 20 litros:
1. Limpe os restos dos pratos e panelas com uma escova e jogue no lixo.
2. Coloque água na cuba até a metade para ensaboar. Enquanto isso, feche a torneira.
3. Coloque água novamente para enxaguar.
Uma lavadora de louças com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres (para 6 pessoas), gasta 40 litros (casa e apartamento).

Lavar roupa
Lavar roupa numa lavadora com capacidade para 5 quilos gasta 135 litros (casa e apartamento).
Já um tanque com a torneira meio aberta por 15 minutos pode chegar a gastar 279 litros (casa e apartamento).

Jardim
Ao molhar as plantas durante 10 minutos o consumo de água pode chegar a 186 litros. Para economizar, a rega durante o verão deve ser feita de manhãzinha ou à noite, o que reduz a perda por evaporação. No inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã. Mangueira com esguicho-revólver também ajuda. Assim, pode-se chegar a uma economia de 96 litros por dia.

Piscina
Se você tem uma piscina de tamanho médio exposto ao sol e à ação do vento, você perde aproximadamente 3.785 litros de água por mês por evaporação, o suficiente para suprir as necessidades de água potável (para beber) de uma família de 4 pessoas por cerca de um ano e meio aproximadamente, considerando o consumo médio de 2 litros / habitante / dia. Com uma cobertura (encerado, material plástico), a perda é reduzida em 90%.

Calçada
Lavar calçada com a mangueira é um hábito comum e que traz grandes prejuízos. Em 15 minutos são perdidos 279 litros de água. A melhor opção é usar a vassoura e um balde, reutilizando a água de limpeza das roupas.

Carro
Muita gente gasta até 30 minutos ao lavar o carro. Com uma mangueira não muito aberta, gastam-se 216 litros de água. Com meia volta, o desperdício alcança 560 litros. Para reduzir, basta lavar o carro somente uma vez por mês com balde. Nesse caso, o consumo é de apenas 40 litros.

15 junho 2007

ÁGUA X PRODUÇÃO

Alguns dados que levantamos durante a produção do vídeo-documentário comprovam a importância da água não só para a sobrevivência dos seres humanos como também da própria economia mundial.
Mais um bom motivo para ficar de olho no despedício!



Foto: Raphael Soeiro


Para se produzir 1 quilo de papel são necessários 380 litros de água;
Para o cultivo de 1 quilo de trigo, 1500 litros de água;
Para 1 quilo de carne de frango são necessários 3500 litros de água;
Para 1 quilo de camarão, 50.000 litros de água;
Para 1 quilo de carne bovina, 15.00 litros de água;
Para produzir 1 litro de cerveja são necessários de 3 a 4 litros de água;
Para 1 litro de leito, de 2,5 a 5 litros de água;
Para 1 quilo de algodão, 10.000 litros de água;
Para 1 quilo de aço, de 300 a 600 litros de água;
Para 1 quilo de cimento, 35 litros de água;
Para a fabricação de um automóvel, precisa- se de 35.000 litros de água;
Para produzir um microcomputador, são necessários 1500 litros de água;


PRÓLOGO

Esse foi o prólogo do nosso memorial (memorial é uma espécie de relatório que deve ser entregue junto com o produto final para a banca que avalia o TCC - trabalho de conclusão de curso). No memorial é contado como o trabalho foi desenvolvido, as dificuldades, etc.

Leia abaixo o Prólogo:

Cada uma das pessoas que viram 2006 passar obviamente terá uma opinião diferente a seu respeito. Ronaldo e Garotinho lembrarão dos quilos, Zidane da cabeça, Cicarelli das mãos. Alguns foram para o espaço sem querer [querendo], como Antônio Palocci, outros a trabalho, como Marcos César Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. Foi o ano em que o Primeiro Comando da Capital tentou parar São Paulo, que Susane von Richthofen foi parar na cadeia e todos ficaram parados na frente da TV vendo aonde o mundo ia parar. E ele não parou.
Enquanto o mundo continuava a girar e além dos eventos acima, para os oito integrantes do grupo Aquaótico, 2006 foi o ano derradeiro no curso de jornalismo. Mais do que simplesmente nos esgueirarmos pelos cantos da vida, mostramos o que temos de melhor. Criamos o projeto ao longo deste período para que agora você tenha a oportunidade de conhecer uma parte imensa e intensa de cada um de nós.
Este memorial sintetiza os sentimentos e as lembranças do grupo, assim como algumas partes da vida por onde os olhos que comandavam a câmera não passaram. O vídeo-documentário é o trabalho final, mas não o único trabalho.
Esperamos que o resultado o agrade ou o incomode, mas que não o seja indiferente.

Boa leitura,

Equipe Aquaótico

RELEASE

Aquaótico – A Ótica Líquida do Caos

VISITE: http://www.aquaotico.blogspot.com

Brasil – Documentário – 2006
Cor – Digital – 25’


Mesmo que só um lugar privilegiado da galáxia possua água, ainda não parece suficiente. O consumismo se sobrepõe à consciência e nos expõe ao caos.

Sem água, não há cerveja (um litro de cerveja precisa de cinco a 25 litros d'água para ser fabricado), não há alimentos, não há máquinas, nada há. A água está em todos os processos de produção e em tudo que consumimos. Usar água não é opção, é condição essencial para viver. A água está na economia, na cultura, na política. Algumas vezes na forma líquida; em outras, seu uso é invisível.

AQUAÓTICO - A ótica líquida, esclarecedora. Uma reflexão sobre o comportamento da raça humana em relação à água potável. Um relato de São Paulo. Um recorte da situação da água, o mais importante recurso natural que a sociedade já se apropriou.

Destacam-se as participações de especialistas da Universidade de São Paulo, WWF/Ação Triângulo, SOS Mata Atlântica/Movimento pela Defesa da Vida, Universidade da Água, Instituto Proam, Instituto Kairós, representantes da indústria e comércio. A trilha sonora foi composta pelo rapper Sandrão (RZO) especialmente para o documentário.

Aos chavões do jornalismo, fica a provocação de que é possível falar sobre a água sob a ótica líquida do caos.

Ficha Técnica:
Direção:
Raphael Soeiro
Roberto Haushahn
Tatiana Ferreira
Fernando Carneiro
Orientação:
Alexandre Carvalho

Roteiro e produção:
Caroline Biasotto
Elaine Santos
Everton Rodrigues
Gilmar Dantas
Raphael Soeiro
Rafael Andrade
Roberto Haushahn
Tatiana Ferreira

14 junho 2007

MÚSICA DE ENCERRAMENTO

Durante a realização do trabalho, pesquisamos diversas músicas para que uma delas pudesse ser incluída no nosso documentário como trilha sonora, porém nenhuma, das mais de quarenta músicas pré- selecionadas agradou. Queríamos uma coisa diferente, mas ao mesmo tempo, forte e provocante.
A solução que encontramos foi convidar o rapper Sandrão RZO para que ele criasse uma música inédita baseada em uma lista de palavras que tínhamos escolhido. Nossa sorte foi que ele topou e em menos de um mês a música estava feita.
Ficou tão perfeita que mereceu destaque ainda maior do que tínhamos imaginado. A música encerrou nosso vídeo – documentário. No dia da apresentação do TCC, um dos avaliadores afirmou que escolha da música estava perfeita. Até ali, ele não sabia que a música era exclusiva e feita sob encomenda para nosso trabalho. Foi uma surpresa para ele e para os outros convidados.
Mais uma vez, um salve ao nosso querido Sandrão RZO.
Confira a música e letra aqui:





DA ÁGUA
(Sandrão RZO)

O veneno corre da guia para a rede de esgoto
Veja, lodo, praga
Ar, chuva ácida
Tartaruga come tampa de garrafa plástica
Lástima
Vem só para castigar
Nem as bactérias sobrevivem a química total
Quem bebeu da torneira foi parar no hospital
Na fila, com sede, sem nada
Um gole d´água raro, fogo e a espada
Netuno sem os mares
Sua miragem sem oásis
É inevitável
O fim da água potável
Poseidon afundou Titanic
Morreram Moby Dicks
Com a força de mil mísseis
Secou mananciais
Óleo diesel na barreira de corais
Focas intoxicadas
Alcatraz
Mais
Infiltrações derretem o iceberg
Um Berne, um verme
Um desastre perfeito
Ficou sem o canto da sereia
Porque o lago secou
A vida, o homem determinou
Beco sem saída
Só sobrou
A história de uma nação perdida
Falou, Falou

OS ENTREVISTADOS

Esses foram alguns dos especialistas/ pessoas que entrevistamos e que deram sua opinião sobre o problema da escassez do recurso. Além deles (que aparecem no vídeo), muitos outros foram entrevistados.
Nossos agradecimentos a todos, pois sem vocês, esse tcc não teria saído do papel:

Eduardo Montes de Jesus (Edu das Águas) – Artista Plástico;
Renata de Salles Santos Pistelli – Educadora e advogada do Instituto Kairós de Consumo Consciente;
Carlo Enrico Chiarotto Pierro – Estudante e empresário do ramo da porcelana;
Vânia de Almeida Gimenez – Bancária e dona de casa;
Fagner Ribeiro – Supervisor de cobrança;
Gildo Santos Magalhães - Historiador da USP;
Carlos Eduardo de Almeida – Publicitário;
Ana Cássia Carli Maturano – Psicóloga;
Carlos Bocuhy – Ambientalista, membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) e presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM);
Virgilio Alcides de Farias - Presidente do Movimento de Defesa da Vida;
Modesto Florenzano - Historiador da USP;
Luciana Mendonça - Gerente da loja de informática;
Samuel Roiphe Barrêto - Biólogo e coordenador do Programa de Gestão e Conservação de Água Doce do WWF;
João Nelson dos Santos – Geógrafo da ONG Universidade da Água e jornalista;
Gustavo Veronesi - Educador Ambiental da SOS Tietê.

CONTEXTO

Segundo a ONU, cerca de 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso à água potável no mundo. Mais de 5.700 morrem por dia por doenças transmitidas pela água contaminada. A ONU indica que até 2050, mais de 45% da população mundial não vai ter acesso à água potável.

As discussões do século prometem girar em torno dos recursos naturais. Esses recursos devem ser responsáveis pelas “novas guerras”.

Nesse cenário caótico, o Brasil se destaca, já que tem a maior reserva hídrica do mundo: 13,7% da água doce do planeta. O país tem também o maior reservatório de água subterrânea: O Aqüífero Guarani.

O DOCUMENTÁRIO

A água é um líquido precioso que permeia nossa vida, mas corre sério risco de se tornar um bem raro em função de vários fatores: as agressões ao meio ambiente, o descaso do homem, o uso irracional e não sustentável, além da falta de percepção.

O vídeo “Aquaótico – A ótica líquida do caos” está baseado na necessidade de despertar o olhar e a sensibilidade para esses problemas, levando a sociedade a fazer uma reflexão sobre a importância que a água tem em nosso cotidiano, incluindo nessa lista, o uso da água invisível, que é aquela usada de forma indireta, como na indústria e comércio.

SINOPSE

Em um lugar privilegiado da galáxia, existe água. É o planeta Terra, onde já surgiram aproximadamente 1 bilhão de espécies.

Água. Sem ela não há vida. A água está em tudo. Mas para muitos a água é invisível. Um olhar líquido requer sensibilidade...

AQUAÓTICO - A ótica líquida, esclarecedora. Uma reflexão sobre o comportamento da raça humana em relação à água potável. Um relato de São Paulo. Um recorte da situação da água, o mais importante recurso natural que a sociedade já se apropriou.