28 setembro 2007

Economizar água vale uma cachoeira

Se todos os habitantes de São Paulo fecharem as torneiras ao escovarem os dentes, todo dia será economizada água equivalente ao que cai nas Cataratas do Iguaçu por nove minutos.

Construir um mundo diferente começa por pequenos gestos cotidianos, que praticamos quase sem perceber.
Por exemplo, você sabia que ao escovar os dentes, deixar ou não a torneira aberta faz uma grande diferença?

Se deixamos a água escorrendo à toa pelo cano, gastamos em média até 13 litros de água a cada escovação (de 2 minutos), quando só precisamos de 0,5 litro. Se 1 milhão de pessoas decidirem fechar a torneira, serão economizados diariamente 37,5 milhões de litros de água limpa e tratada, o que dá para abastecer mais de 200 mil pessoas, de acordo com a média paulistana de consumo per capita (180 litros por dia). Se os 18 milhões de habitantes de São Paulo fizerem o mesmo, a economia diária será equivalente ao que cai nas Cataratas do Iguaçu por 9 minutos.
A água é um recurso escasso. Ainda que o Brasil tenha 13,7 % da água doce disponível no mundo, ela não está distribuída por igual pelo país. Há muita água na região Norte (68 %), onde mora pouca gente (7,6 % da população), e pouca água no Sudeste (6 %), onde está muita gente (42,6 % da população). Nem mesmo a abundância significa disponibilidade: há cidades na Amazônia, como Rio Branco (AC), que sofrem de falta de água potável porque não tratam adequadamente seu esgoto, o que provoca a contaminação de suas fontes.
Dos 5.391 municípios brasileiros com rede de distribuição de água, 1.267 convivem com racionamento, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE/2000). Do total de doenças no país, 60% tem origem no uso de água de má qualidade.O que é desperdiçado por uma pessoa falta a outra. Consumo água de maneira consciente e contribua para reduzir as doenças no Brasil.
(Consultado em 28/09/2007)

Sob as cidades que prosperam, o futuro da China está secando - parte 1

Jim Yardley
Em Shijiazhuang, China
Para o The New York Times

A centenas de metros abaixo do solo, as reservas de água desta capital provincial de mais de 2 milhões de habitantes estão secando. Os poços municipais já drenaram dois terços da água subterrânea local, e o lençol freático está diminuindo rapidamente.
Acima do solo, esta cidade na planície norte da China está festejando. O crescimento econômico chegou a 11% no ano passado. A população está crescendo. Um novo lançamento imobiliário de luxo está anunciando propriedades às margens de lagos enchidos com água bombeada do lençol freático. Outro complexo parcialmente construído, o Arc de Royal, está sendo construído sobre um dos pontos mais baixos do lençol freático da cidade.
"As pessoas que estão comprando apartamentos não estão pensando se haverá água no futuro", disse Zhang Zhongmin, que tenta há 20 anos aumentar a conscientização da população sobre a preocupante situação da água da cidade.
Por três décadas, a água tem sido indispensável para a sustentação da expansão econômica que tornou a China uma potência mundial. Agora, o crescimento econômico galopante da China, freqüentemente cheio de desperdício, está levando o país na direção de uma crise de água. A poluição da água é desenfreada por todo o país, enquanto a escassez de água se agravou severamente no norte da China e a demanda cresce por toda parte.
A China está revirando o mundo atrás de petróleo, gás natural e minérios para manter sua máquina econômica em funcionamento. Mas acordos comerciais não podem resolver os problemas de água. O uso de água na China quintuplicou desde 1949, e os líderes cada vez mais enfrentam duras escolhas políticas enquanto as cidades, indústrias e a agricultura disputam reservas finitas e desequilibradas de água.
Um exemplo são os grãos. O Partido Comunista, desconfiado da dependência de importados para alimentar o país, há muito insiste na auto-suficiência em grãos. Mas plantar tantos grãos consome quantidades imensas de água subterrânea na planície norte da China, que produz metade do trigo do país. Alguns cientistas dizem que a agricultura em uma região que está se urbanizando rapidamente deve ser restringida para proteger os aqüíferos ameaçados. Mas fazê-lo poderia ameaçar a subsistência de milhões de agricultores e causar um aumento nos preços internacionais dos grãos.
Para o Partido Comunista, o desafio imediato é a tarefa prosaica de forçar a economia mais dinâmica do mundo a conservar e proteger a água limpa. A poluição da água é tão disseminada que os reguladores dizem que um grande incidente ocorre dia sim, dia não. O lixo municipal e industrial deixou grandes trechos de muitos rios "impróprios para contato humano".
Cidades como Pequim e Tianjin exibiram progresso na conservação da água, mas a economia chinesa continua enfatizando o crescimento. A indústria na China usa de 3 a 10 vezes mais água, dependendo do produto, do que as indústrias em países desenvolvidos.
"Nós temos que nos concentrar agora na conservação", disse Ma Jun, um ambientalista proeminente e autor de "A Crise de Água da China".
"Nós não temos muitos recursos extras de água. Nós temos os mesmos recursos e pressões muito maiores de crescimento", ele disse.
No passado, o Partido Comunista se voltou de forma refletida a projetos de engenharia para tratar dos problemas de água, e agora está retomando um dos planos não realizados de Mao Tse-tung: o Projeto de Transposição de Águas Sul-Norte de US$ 62 bilhões, para canalizar 45 bilhões de metros cúbicos para o norte a cada ano por três rotas da bacia do Rio Yangtze, onde a água é mais abundante. O projeto, se construído na íntegra, seria concluído em 2050. As linhas leste e central já estão em construção; a linha oeste, a mais controversa por preocupações ambientais, continua em estágio de planejamento.
A planície norte da China sem dúvida precisa de qualquer água que puder obter. Uma potência econômica com mais de 200 milhões de moradores, a região possui chuvas limitadas e depende da água subterrânea para 60% de suas necessidades de água. Outros países possuem aqüíferos que estão sendo drenados a níveis perigosamente baixos, como o Iêmen, Índia, México e Estados Unidos. Mas os cientistas dizem que os aqüíferos sob a planície norte da China poderão secar em 30 anos.
"Não há incerteza", disse Richard Evans, um hidrólogo que trabalhou na China por duas décadas e serviu como consultor para o Banco Mundial e para o Ministério dos Recursos de Água da China. "A taxa de declínio é muito clara, muito bem documentada. Eles ficarão sem água subterrânea se o ritmo atual continuar."
Fora de Shijiazhuang, equipes de construção estão trabalhando na linha centra do projeto de transposição, que fornecerá à cidade infusões de água a caminho de seu destino final, Pequim. Para muitos dos engenheiros e trabalhadores, o trabalho conta com um brilho patriótico.
Mas apesar de muitos cientistas concordarem que o projeto fornecerá um importante afluxo de água, eles também dizem que não será uma solução final. Ninguém sabe quanta água limpa o projeto fornecerá; os problemas de poluição já estão surgindo na linha leste. As cidades e indústrias serão as beneficiárias da nova água, mas o impacto sobre a agricultura é limitado. Os déficits de água deverão persistir.
"Muitas pessoas estão fazendo a pergunta: o que podemos fazer?" disse Zheng Chunmiao, um importante especialista internacional em água subterrânea. "Eles não podem continuar com as práticas atuais. Eles precisam encontrar uma forma de controlar o problema."

Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2007/09/28/ult574u7834.jhtm
(Consultado em 28/09/2007)

Sob as cidades que prosperam, o futuro da China está secando - parte 2

Jim Yardley
Em Shijiazhuang, China
Para o The New York Times

Um problema ecológico

Em uma manhã poluída de abril passado, Wang Baosheng partiu com seu utilitário esportivo feito na China da frente de um shopping center na zona oeste de Pequim para uma viagem de três horas com destino sul, que se tornou uma excursão pela crise de água que está pressionando a planície norte da China.
Wang viaja várias vezes por mês para Shijiazhuang, onde é o engenheiro-chefe que está supervisionando a construção de cinco quilômetros da linha central do projeto de transposição de água. Uma chuva leve batia no pára-brisa e Wang recitou um provérbio chinês sobre a preciosidade das chuvas de primavera para os agricultores. Ele também notou um rio morto atrás do outro enquanto seu utilitário percorria leitos secos: o Yongding, o Yishui, o Xia e, finalmente, o Hutuo.
"Você vê todos estes córregos com pontes, mas não há água", disse Wang.
Há cerca de um século, a planície norte da China era um ecossistema saudável, dizem os cientistas. Agricultores que abriam poços podiam encontrar água a cerca de dois metros e meio. Córregos e riachos serpenteavam pela região. Pântanos, fontes naturais e alagadiços eram comuns.
Hoje, a região, comparável em tamanho ao Estado do Novo México, é seca. Cerca de 80% dos alagadiços secaram, segundo um estudo. Os cientistas disseram que a maioria dos córregos e riachos desapareceu. Vários rios que antes eram navegáveis agora são em grande parte areia e mato. O maior lago natural de água doce no norte da China, o Baiyangdian, está encolhendo em ritmo constante e sofre com a poluição.
O que aconteceu?
A lista inclui políticas equivocadas, conseqüências indesejadas, explosão populacional, mudança climática e, acima de tudo, crescimento econômico implacável. Em 1963, uma enchente paralisou a região, levando Mao a construir um sistema de represas, reservatórios e desaguadouros de concreto para controlar as enchentes. O problema das enchentes foi resolvido, mas o equilíbrio ecológico foi alterado à medida que as represas começaram a sufocar os rios que antes fluíam na direção leste, para a planície norte da China.
Os novos reservatórios gradualmente se transformaram em grandes fornecedores de água para cidades em crescimento, como Shijiazhuang. Os agricultores, os maiores usuários de água da região, começaram a depender quase que exclusivamente de poços. As chuvas começaram a diminuir em ritmo constante, no que alguns cientistas agora acreditam ser uma conseqüência da mudança climática.
Antes, os agricultores compensavam as limitadas chuvas anuais da região realizando três plantações a cada dois anos. Mas a água subterrânea parecia ilimitada e as políticas do governo pressionavam por maior produção, de forma que os agricultores iniciaram uma segunda plantação por ano, geralmente trigo de inverno, que exige bastante água.
Nos anos 70, como mostram estudos, o lençol freático já estava diminuindo. Então a morte de Mao e a introdução de reformas econômicas voltadas ao mercado provocaram um renascimento agrícola. A produção disparou e renda rural aumentou. O lençol freático continuou encolhendo, secando ainda mais os alagadiços e rios.
Por volta de 1900, Shijiazhuang era uma coleção de aldeias rurais. Em 1950, a população tinha chegado a 335 mil. Neste ano, a cidade conta com aproximadamente 2,3 milhões de habitantes, com uma população metropolitana de 9 milhões.
Mais pessoas significa maior consumo de água, e a cidade agora explora pesadamente o lençol freático, que está diminuindo em mais de um metro por ano. Hoje, alguns poços da cidades precisam descer 200 metros para conseguir água limpa. Nas áreas de perfuração mais profunda, funis acentuados se formaram no lençol freático, conhecidos como "cones de depressão".
A qualidade da água subterrânea também piorou. A água de esgoto, freqüentemente não tratada, é rotineiramente despejada nos rios e em canais abertos. Zheng, o especialista em água, disse que os estudos mostraram que cerca de três-quartos de todo o sistema aqüífero da região agora sofre algum grau de contaminação.
"Não haverá desenvolvimento sustentável no futuro se não houver água subterrânea", disse Liu Changming, um importante especialista chinês em hidrologia e um estudioso sênior da Academia Chinesa de Ciências.
(Consultado em 28/09/2007)

Sob as cidades que prosperam, o futuro da China está secando - parte 3

Jim Yardley
Em Shijiazhuang, China
Para o
The New York Times

Buscando um milagre da águaHá três décadas, quando Deng Xiaoping afastou a China da ideologia maoísta e colocou o país na rota do crescimento econômico, uma geração de tecnocratas gradualmente assumiu o poder e começou a reconstruir um país que a ideologia quase destruiu. Hoje, toda a liderança do Partido Comunista -incluindo Hu Jintao, o presidente da China e chefe do partido- tem formação em engenharia.

Apesar de não serem membros da elite política, Wang Baosheng, o engenheiro no projeto de transposição de água, e seu colega Yang Guangjie têm a mesma formação. Na primavera chinesa deste ano, no local de construção fora de Shijiazhuang, tratores abriam um corte em forma de V na terra enquanto equipes de operários em macacões azuis e capacetes laranjas alisavam o concreto ainda úmido sobre um canal que terá quase a largura de um campo de futebol.

Yang, o supervisor, compara o projeto de transposição ao represamento do Rio Colorado no oeste dos Estados Unidos e ao sistema de desvio de águas concebido para o Sul da Califórnia no início do século 20.

"Eu estive na Represa Hoover e realmente admiro as pessoas que a construíram", disse Yang. "Na época, eles fizeram uma grande contribuição para o desenvolvimento de seu país."

"Talvez sejamos como a América nos anos 20 e 30", acrescentou Yang. "Nós estamos construindo o país."

A desvantagem da China, em comparação aos Estados Unidos, é que ela conta com reservas muito menores de água e uma população quase cinco vezes maior. A China conta com cerca de 7% dos recursos de água do mundo e cerca de 20% de sua população. Também conta com um severo desequilíbrio regional de água, com cerca de 80% das reservas de água no sul.

A visão de Mao de pegar emprestada a água o Yangtze para o norte era de uma simplicidade quase profunda, mas os engenheiros e cientistas passaram décadas debatendo o projeto antes do governo aprová-lo, em parte por desespero, em 2002. Hoje, a demanda é muito maior no norte e a qualidade da água se deteriorou enormemente no sul. Cerca de 41% da água de esgoto da China é atualmente despejada no Yangtze, aumentando a preocupação de que o desvio de água limpa para o norte exacerbará os problemas de poluição no sul.


Os pontos mais distantes da linha central deverão estar concluídos a tempo de fornecer água para Pequim nos Jogos Olímpicos do próximo ano. Evans, o consultor do Banco Mundial, chamou o projeto completo de "essencial", mas acrescentou que o sucesso dependerá do tratamento do esgoto e de uma distribuição eficiente da água.


Liu, o hidrólogo, disse que a agricultura não receberá nada da nova água e que as cidades e indústrias devem melhorar rapidamente o tratamento de esgoto. Atualmente, Shijiazhuang despeja água de esgoto não tratada em um canal que os agricultores locais usam para irrigar os campos.

Por anos, as autoridades chinesas achavam que eficiência na irrigação era a resposta para reverter o declínio da água subterrânea. Eloise Kendy, uma especialista em hidrologia da The Nature Conservancy que estudou a Planície Norte da China, disse que os agricultores fizeram melhorias mas que o lençol freático continua encolhendo. Kendy disse que a água derramada, que antes era considerada "desperdício", na verdade encharcava o solo e chegava ao aqüífero. A eficiência acabou com tal recarga. Os agricultores também usaram os ganhos em eficiência para irrigar mais terras.

Kendy disse que os cientistas descobriram que o lençol freático está encolhendo por causa da água perdida pela evaporação e transpiração do solo, plantas e folhas. A soma desta água perdida, combinada com as baixas precipitações anuais, não é suficiente para atender a demanda.

Os agricultores não têm escolha. Eles perfuram mais fundo.

E agora?

Para muitas pessoas que vivem na planície norte da China, a noção de uma crise de água parece distante. Ninguém está caminhando em um deserto seco em busca de um oásis. Mas todo ano, o lençol freático continua diminuindo. Nacionalmente, o uso de água subterrânea quase dobrou desde 1970 e agora representa quase 20% do total da água usada pelo país, segundo Birô de Levantamento Geológico da China.

O Partido Comunista está ciente dos problemas. Está sendo considerada uma nova lei contra a poluição da água que aumentaria enormemente as multas contra poluidores. Diferentes cidades costeiras estão construindo usinas de dessalinização. Empresas multinacionais de tratamento de esgoto estão sendo recrutadas para ajudar a enfrentar este enorme problema.

Muitos cientistas acreditam que enormes ganhos podem ser obtidos por uma melhor eficiência e conservação. No Norte da China, projetos piloto estão a caminho para tentar reduzir o desperdício de água com as plantações de trigo de inverno. Algumas cidades aumentaram o preço da água para promover a conservação, mas ela continua subsidiada na maioria dos lugares. Algumas cidades ao longo da rota do projeto de transferência já estão recuando devido aos preços mais altos planejados. Algumas dizem que simplesmente continuarão bombeando.


Mas duras escolhas políticas parecem inevitáveis. Estudos de diferentes cientistas concluíram que o aumento do consumo de água na planície norte da China inviabiliza a continuidade da plantação de inverno. As ramificações internacionais seriam significativas caso a China se torne uma consumidora cada vez maior do mercado mundial de grãos. Alguns analistas há muito alertam que os preços dos grãos podem aumentar de forma constante, contribuindo para a inflação e dificultando para outros países em desenvolvimento comprarem comida.

As implicações sociais também seriam significativas dentro da China. Perto de Shijiazhuang, a aldeia rural de Wang Jingyan depende de poços de 200 metros de profundidade. A não plantação do trigo de inverno representaria um suicídio econômico.


"Nós perderíamos de 60% a 70% de nossa renda caso não plantássemos o trigo de inverno", disse Wang. "Todo mundo aqui planta o trigo de inverno."

Outra proposta de água também é radical: uma rápida e imensa urbanização. Os cientistas dizem que a conversão de terras rurais em áreas urbanas economizaria água suficiente para impedir o declínio do lençol freático, se não revertê-lo, porque a ampla produção rural ainda usa mais água do que as áreas urbanas. É claro, uma urbanização em grande escala, já em andamento, poderia piorar a qualidade do ar; o ar de Shijiazhuang já está entre os piores da China por causa da pesada poluição industrial.


Por ora, a prioridade de Shijiazhuang, como a de outras grande cidades chinesas, é crescer o mais rápido possível. O produto interno bruto da cidade cresceu em média 10% ao ano desde 1980, apesar da disponibilidade de água per capita ser atualmente de apenas 1/33 da média mundial."


Nós temos escassez de água, mas precisamos nos desenvolver", disse Wang Yongli, um engenheiro sênior do birô de conservação de água da cidade. "E o desenvolvimento será colocado em primeiro lugar."


Wang passou quatro décadas mapeando o declínio constante do aqüífero da planície norte da China. Ele disse que Shijiazhuang tinha mais de 800 poços ilegais e lembrava Israel em termos de escassez de água. "Em Israel, as pessoas consideram a água mais importante que a própria vida", ele disse. "Em Shijiazhuang, não é assim. As pessoas estão concentradas na economia."


Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2007/09/28/ult574u7836.jhtm(consultado em 28/09/2007).